segunda-feira, 5 de abril de 2010

Como o Simão cirineu viu a cruz!!!

Eu era praticante do judaísmo, por isso estava em Jerusalém, todos os anos no período pascal saia da minha terra com minha família, afim, de fazer os sacrifícios festivos, muitas coisas na festa da páscoa me deixavam impressionados.

Impressionava-me com as reuniões familiares na festa, algumas famílias só se viam na páscoa, então, era lindo ver famílias inteiras se reunindo.

Impressionava-me também com os sacrifícios, muitos sacrifícios eram feitos, sacerdotes revezavam durante os sete dias de páscoa para não deixar de atender a nenhum dos ofertantes, animais, sangue, música, a leitura da “Toráh” e muita muita gente faziam da festa da páscoa algo inacreditável.

Mas havia uma coisa que ocorria na festa que sinceramente não conseguia entender, porque, num dia tão festivo, de tantas alegrias, tinha a execução de alguns criminosos por meio da cruz?

Certa vez perguntei á um dos meus mestres na sinagoga, o porquê eles deixavam que a cruz atrapalhasse a beleza da festa, ele me respondeu o seguinte: A cruz foi posta no período da páscoa, porque nesse dia todo povo tem que ser liberto do mal, assim como os pais foram livres da presença do pecado do Egito, assim também nós ficamos livres da presença do pecado, destruindo os veículos pelos quais o pecado entra no meio do povo”.

Confesso que não me satisfiz, mas entendi, no dia da festa, era necessário arrancar o pecado por meio da cruz.

Essa e outras informações sobre a cruz, formaram em nossas mentes, a concepção que a cruz era de fato o lugar dos malditos, esse pensamento era tão forte que eu não gostava nem de passar por perto da cruz.

Um dia porém, em meio já quase no fim da festa, eu que ficava hospedado na casa de uns amigos no campo, estava entrando em Jerusalém, engraçado, eu não queria saber da cruz, não desejava a cruz, e odiava aqueles que morriam na cruz mesmo sem os conhecer, a cruz era levantada do lado de fora da cidade, afinal, o sangue de um iníquo não podia manchar a nossa terra, eu estava entrando na cidade, bem próximo do muro, quando ouvi aqueles gritos, xingamentos em meio a choros, um grupo enorme de pessoas, no meio um judeu, muito ferido, havia passado pelos açoites, ele estava fraco, tão fraco que quando foi passar por mim, não conseguiu segurar a cruz e caiu.

Quando o vi cair, me bateu um pensamento de ajudá-lo, mas ajudá-lo significava levar, tocar na cruz, e ser considerado também maldito? Nunca. Virei a cara e fui passando. Um soldado romano, segurou meu braço, tentei puxá-lo, mas em vão, o soldado me disse: “Tome essa cruz, e leve até o Gólgota”. Relutei mais um pouco, mas os soldados me obrigaram a carregá-la.

Ele ia á minha frente, e enquanto o ajudava, tive tempo para contemplá-lo, ele era diferente, não tinha o tipo físico de um ladrão, não falava nada, não levantava as mãos para ninguém, parecia que ele sabia que apesar de ser dolorosa aquela cruz, essa era a missão dele.

Chegamos ao Gólgota, entreguei a cruz, mas meus olhos continuaram fixados Nele, não consegui esquecer seu jeito, seu olhar.

Fiquei perto da cruz, minha família também, e hoje tenho orgulho de ter carregado a cruz daquele que mudou o símbolo da cruz de maldição para benção, ele não só mudou o significado da cruz, mas mudou também, a vida de todos aqueles que recebem a sua cruz.

Depois dele uma legião de homens aceitaram por amor a Ele morrerem na cruz, um dos apóstolos morreu de cabeça para baixo, dizendo que não era digno de morrer do mesmo jeito que nosso mestre morreu

Um comentário:

  1. É forte creio que ao ler muitos se emocionam e também passam a ter uma nova vida e a conhecer conhecer como eu hoje o verdadeiro sentido da cruz.

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Bate-Papo Pastoral

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Cristão, pastor, pai, filho, esposo, amante e amado.

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