segunda-feira, 22 de março de 2010

Um certo Simão cirineu!

“E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.” – Mt 27.32

“E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.” – Mc 15.21

“E, quando o iam levando, tomaram um certo Simão, cireneu, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para que a levasse após Jesus.” – Lc 23.26


1 - Esse homem, morava muito provavelmente em alguma cidade de Roma e não em Israel, pois, Paulo manda saudações a esposa deste homem quando envia a carta aos romanos. Ou este homem morava em Cirene na África mesmo, daí o porque de sua identificação tão rápida.

2 - Esse homem era muito provavelmente um prosélito, praticante da religião e conhecedor da cultura hebréia.

3 – Estava em Jerusalém aqueles dias por ocasião da Páscoa, muito provavelmente fazia isso sempre, e tinha consciência do que se passava em Jerusalém nos períodos pascal.

4 – Ele foi constrangido, ou como diz Lucas: “puseram-lhe a cruz nas costas”, ou seja, ele foi obrigado, o constrangeiro não pela via da caridade, mas pela via da força física.

5 – Ele não queria carregar a cruz porque sabia como era vergonhoso para os judeus a cruz, nenhuma outra forma de tortura era tão cruel quanto a cruz e nenhuma outra forma indicava tanto a maldição quanto a cruz.


- Antes da cruz tinha julgamento, por romanos e judeus. Os romanos rejeitavam socialmente e os judeus religiosamente. Ir a cruz era é mesmo que ser excluído da sociedade e da presença de Deus


- Antes da cruz tinha açoites, muitos eram os açoites. A forma judia de açoitar era a prevista na lei em Dt 25.1-3 – que dizia que era para açoitar com 40 açoites, os judeus com reverência pela lei, davam apenas 39 para não descumprirem a lei. A forma romana era a mais cruel possível, o carrasco chamado de “Lictor” era especializado na arte da tortura, deveria bater, mas não deixar a pessoa desmaiar, ela precisava sofrer de forma consciente o flegelo.


- Antes da cruz tinha a exposição moral diante dos soldados. Os açoites eram feitos numa área restrita aos soldados e apenas alguns poucos civis poderiam assistir, tamanha era a violência empregada nas agressões. O indivíduo apanhava nu, seus braços e tornozelos eram presos com corretes em um poste, tronco, como preferir.

O açoite era um pedaço de também chamado de “flagelo” era feito de um pedaço cumprido com 40 cm de de pau roliço, nas pontas deste pau se prendiam couro de animal, nas pontas do couro tinha, osso, ferro e vidro, esses instrumentos compunham o flagelo para que aumentasse a dor do indivíduo, lendo isso entendemos o lema dos romanos na hora de crucificar alguém: “O espancamento é meio caminho da morte”.


- Antes da cruz tinha a via cruzes – duas eram as necessidades da caminhada, primeira expor o indivíduo a todos os que estavam debaixo da servidão romana, para que aprendessem. Segunda, para que o indivíduo saísse da cidade, o lugar onde a cruz era levantada ficava do lado de fora dos muros de Jerusalém, eles pensavam que o sangue de um homem maldito não poderia cair sobre a terra para não contaminá-la.


6 – Depois de tudo, ele levou a cruz, seu contato com Jesus ao que tudo indica não termina no simples levar, tomar, carregar a cruz, mas pelos textos posteriores que mostra o filho deste homem Rufos e a esposa sendo cumprimentados por Paulo podemos definir que ele se converteu, não apenas ele, mas toda sua família, um dos seus filhos Alexandre em contrapartida luta contra a igreja.


Para pensar...

Um comentário:

  1. queria as passagens de base para confirmação da luta de Alexandre contra a igreja.Obrigada
    Ana

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Bate-Papo Pastoral

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